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O CÍRCULO COMO CAMINHO DE TRANSFORMAÇÃO DA MULHERE

 

“O espaço terapêutico é o lugar sagrado onde se realiza o nascimento de um novo ser e o caminho para o encontro com o Self”.

Raissa Cavalcante

 

 

Diante desse momento de grande turbulência, como mulher que acredita no poder dos círculos, proponho uma reflexão mais profunda sobre nossas posturas diante do feminino. Ao falar, culpar e julgar a cultura patriarcal que há décadas nos domina, caímos nas armadilhas desse mesmo sistema que nega os aspectos menos louváveis da nossa existência.

 

Eleger bodes expiatórios gera atos compulsivos de violência, por negar nossas forças primais, incluindo a agressividade e a destruição, que deveriam ser acolhidas e integradas como parte da nossa totalidade..

 

Pode parecer surpreendente que haja ainda necessidade, neste início do século XXI, de falar do poder feminino e da libertação da mulher. No entanto, quem trabalho como terapeuta está constantemente em contacto com mulheres que não conseguem negar as dúvidas, as queixas, os bloqueios e os sofrimentos que ainda existem no mais profundo do seu ser, nas suas famílias e na sociedade atual

 

O feminino não pode mais limitar-se a passividade, a receptividade e ao maternal. Descortinar e expressar a capacidade ativa, iniciadora e transformadora que está presente em nossos ciclos de morte e vida, mudará essa história. O estado de vítima não nos salvou, nem nos salvará. Parece-me que esse lampejo de consciência começa a surgir no discurso das mulheres.

 

“É inegável que as mudanças que tenho feito na minha vida, para conseguir alcançar no meu dia-a-dia uma postura mais coerente com meu discurso, levam-me a refletir de forma mais profunda sobre a ideia do ser feminino, de ser mulher no século XXI, de fazer escolhas tipo, de ser ou não ser mãe, de ter um trabalho bem remunerado, de ter voz no meio das pressõe, de assumir o meu feminino sem ser  vulgar. Eu tenho consciência de que estou na contramão da maioria e que meu caminho não é e nem sequer desejado por muitas mulheres’.

 

O papel arquetípico da nova feminilidade é que sejamos sacerdotisas da plenitude da existência assim como ela é, com a sua riqueza e a sua escassez, com riscos e erros, com alegrias e dores. A mulher do amanhã precisa estar aberta e sintonizada com suas oscilações e diretrizes intuitivas, reconhecendo o seu poder de criar, cuidar e proteger, mas também de expulsar e destruir em favor do nascimento do novo. .

 

Cada vez que ocupamos nosso espaço no coração do círculo das mulheres, assumimos essa nova atividade feminina que começa a se formar, crescer e amadurecer internamente para depois se manifestar no plano externo.

O circulo nos aproxima da fonte vital, do vaso arquetípico infinito que nos oferece a honra de experimentar as nossas polaridades sem nos deprimir, nem nos exaltar, mas mantendo uma atitude amorosa e acolhedora, nos unindo a grande comunidade de buscadoras da verdadeira fonte transpessoal.

Acredito que essa nova consciência pode nos lançar em ondas para o salto coletivo da grande transição tão almejada, num rito de celebração e alegria que contagiará os corações daqueles que ainda não puderam despertar.

 

Fátima Tolentino

Psicóloga Junguiana e Transpessoal, membro do CIT, Colégio Internacional dos Terapeutas. Membro da diretoria do Instituto Renascer da Consciência > Criadora do Círculo das Mulheres Guardiãs da Vida e da Pós-graduação: Despertando Guardiãs de Círculo das Mulheres. Resgatou a sua ancestralidade em tribos dos Estados Unidos e do México, de onde trouxe o conhecimento ancestral das sábias mulheres curandeiras, xamãs e sacerdotisas.